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LONDON COLLECTIONS | INVERNO 2013 | MENSWEAR

11/01/2013
Looks do Inverno 2013 da London Collections | Reprodução Now Fashion

Looks do Inverno 2013 da London Collections | Reprodução Now Fashion

As coleções masculinas de Londres dizem que o no próximo inverno o homem vai usar peças que já são conhecidas do guradarroupa masculino, mas que estão se adaptando ao novo designer da modernidade. Em sua segunda edição, a London Collections apresentou um homem, no geral, sóbrio e compromissado com a elegância, tendo, em contrapartida, uma forte pegada streetwear com raízes no “Rap” e no estilo de rua norte-americano.

7 coisas bacanas para usar no inverno 2013

1. Parcas de nailon ou outros tecidos impermeáveis
2. Calça bag, com ajuste no tornozelo
3. Calça slim (jeans ou social)
4. Um bom suéter – colorido ou estampado
5. Um paletó de lapela mais fina
6. Uma jaqueta de nailon com ribana na barra e fecho em zíper
7. Um tênis, coturno, sapato de cano alto

P.S.: Gravatis fininhas continuam!

LUCAS BARROS EM UMA NOVA CASA

11/12/2012
Lucas Barros Outono/Inverno 2013. Fotos: Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite.

Lucas Barros Outono/Inverno 2013. Fotos: Marcelo Soubhia/Ag. Fotosite.

Designer alagoano, natural do município de Paulo Jacinto, Lucas Barros levou sua marca para o restante do Brasil ver, em sua estreia no calendário da Casa dos Criadores edição do inverno 2013, como eu havia anunciado na coluna Moda Adentro – no suplemento Sala Vip de O Jornal – no dia 30 de setembro deste ano.

Na passarela, nada muito além do que ele já havia experimentado em setembro, quando lançou na Mammoth Store, em Maceió, uma coleção completamente inspirada na religiosidade, onde buscou levar as peças elementos da Igreja Católica, presentes ao longo de sua vida. Esses mesmos elementos apareceram em sua estamparia, introduzidos de forma mais leve, em uma cartela de cores condizentes a um geometria quase cubista.

Barros deu passos seguros em seu primeiro desfile de grande repercussão em potencial. Juntou sua estética de sobreposição de estampas e mescla de cores a  uma fórmula  – de relativo sucesso –  de formas, bem explorada por marcas internacionais (Givenchy, Balenciaga, Celine), a qual a mente das brasileiras ainda não conseguiu acompanhar.

O criador olhou para fora da caixa, mas será que é isso que a consumidora quer?  A julgar pela experiência de Barros na Mammoth, onde o status de suas vendas variam entre estável e crescente, sua técnica em serigrafia pode encantar muito as clientes mais modernas, entretanto, esbarra nas tradicionais, o que restringe sua roupa ao nicho do “criador de identidade”, que quase nunca é a escolha da mulher comum.

Os agasalhos usados com saias, que se seguiram após a túnica preta do primeiro look, evoluíram para vestidos em trapézios multicoloridos, cheio de recortes de tinta, que ora me lembraram a composição do movimento cubista – que se lançou sobre estampa de flores – e ora o vídeo de “Somebody that I used to know”. As criações de Barros foram agradáveis, embora distantes do novo.

“A gente quer pegar apenas duas lojas para comercializar a coleções fora de Maceió, uma em São Paulo e outra em Recife, e só. Vou fazer uma coleção pequena, para que eu possa dar conta de tudo”, disse o designer em setembro sobre seus planos de expansão, sem a pretensão de otimizar o trabalho totalmente artesanal de composição das peças.

Lucas Barros parece estar completamente resignado a deixar na moda brasileira a marca da estamparia, ainda que serigrafada, como a característica principal de seu trabalho, que segue pautado pelo regionalismo nordestino.

ENTRE O BÁSICO E O CONCEITUAL

22/11/2012

Empresárias alagoanas dão passo pioneiro para unir conceitos e conquistar um novo mercado

O Grande desafio do varejo de moda brasileiro, na atualidade, tem sido aliar as necessidades básicas dos consumidores com o conceito de novo luxo impresso pelas marcas internacionais no mercado local. Um desafio que tem retardado o crescimento de muitas etiquetas brasileiras, que deixam de expandir seus negócios, por não conseguir aliar o básico ao conceitual de uma maneira prática e rentável.

As empresárias Myrla e Mylena Costa encontraram um jeito, que embora não seja exatamente novo, pode servir de exemplo de pioneirismo para o varejo de moda alagoano, em como avançar com os negócios, sem perder os clientes antigos – de uma década –, e dar um passo em direção a nova demanda de mercado efervescente, que clama pelo luxo.

As irmãs Costa, que em 2001 abriram a loja Linda, uma espaço de 130m² em uma das principais vias da Ponta Verde – Avenida Deputado José Lages -,  deram um grande passo e fizeram um investimento que pode ser ainda mais rentável. Se em sua Linda era possível encontrar marcas como INSP, C2, Jeanseria, Cheroy, Take C, Loucos e Santos, Tabita, Mary Design e DBZ, uma moda de preço razoavelmente acessível, na nova Linda Concept – inaugurada no dia 13 de novembro –, os consumidores podem encontrar um luxo diferenciado.

“Desde o início de nossa “carreira” com o comércio primamos pelo diferencial no atendimento e produtos distintos. Esse é um princípio que temos como empresárias independente do segmento”, disseram as irmãs Costa em entrevista ao Moda adentO, sobre a força motriz para criar uma loja com o status de conceitual. “Temos feito um estudo de mercado, desde 2010, e percebemos a carência que havia na cidade para o público formador de opinião, principalmente das faixas A e B, de um espaço como este.”

Segundo as empresárias, que abriram as portas de um loja ampla e com traços modernos, de 700m² (quase 7 vezes maior do que a Linda inicial), na Avenida Sandoval Arroxelas, também na Ponta Verde, existe um público exigente em Maceió, que viaja, gosta de produtos e serviços exclusivos e marcas de extrema qualidade.

As empresárias Myrla e Mylena Costa (Fotos: Divulgação)

“Estamos no mercado há mais de 10 anos e muitas coisas mudaram de lá pra cá. As pessoas querem ter qualidade, bom atendimento e preço justo. Nossa ideia e atender o mesmo público com duas propostas diferentes, mas que se integram”, conta Myrla Costa sobre a mudança que atingirá também a antiga loja, que passou a se chamar, desde o dia 16 de novembro, Linda Basic, quando a marcar finalizou o trabalho de reposicionamento.

A empresária explica que a nova proposta é de uma loja de fast fashion e autosserviço, na qual a cliente contará com praticidade, rapidez e uma maior liberdade para a escolha de suas peças. “Será uma loja que oferecerá opções mais básicas para o dia a dia, bem como oportunidades de consumo”, ressalta.

Não há como não avaliar o passo das irmãs como arriscado, principalmente em um mercado que dá indícios de saturação, uma vez que se enfrenta problemas recorrentes com a oferta demasiada de lojas de varejo, tanto que tem havido problemas recentes entre lojistas, que se recusam e dividirem espaços com novos varejistas.

Entretanto, Myrla e Mylena, parecem estar confiantes de que as Lindas – Basic e Concept – vão encontrar seus caminhos e principalmente seus públicos, mesmo dentre aqueles clientes já cativos. “Nós entendemos que há uma demanda crescente em Maceió para os dois segmentos, com a ascensão da classe média e também com a abertura do mercado de luxo. Temos na cidade excelentes opções no mercado classe A”, argumenta Mylena. “Nossas clientes já nos solicitavam novas roupas e marcas, além de algo mais exclusivo. Acreditamos que o mercado está aberto a nossa proposta.”

O Grupo Linda oferecerá na multimarcas Concept marcas como Jorge Bischoff, Luiza Barcelos, Arte Sacra, Vivaz, John John, Les Amis, Gabriela Pires, entre outras, dentro desse segmento de luxo brasileiro. Uma jogada estratégica, que pretende servir de exemplo para outros empresários locais. “Estamos focados em estabilizar este novo conceito na cidade, que é inovador e tem tudo para dar certo”, declaram as empresárias, que começam a semana com desafio de atrair o público para suas duas Lindas.

SPFW: UM INVERNO POUCO AQUECIDO

06/11/2012

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Marcas fazem propostas brandas na edição de ajuste do calendário oficial da moda brasileira

Em uma edição curta, com apresentação de apenas 19 marcas, divididas em 3 dias de desfiles, o inverno 2013 da São Paulo fashion Week sinalizou o que estará nas lojas daqui a seis meses, quando a águas de março fecharem o verão. A partir desta edição, o calendário oficial da moda brasileira muda para atender as necessidades da indústria.

As novidades foram poucas, apesar de tendências incomuns para época, como as estampas – que apareceram na passarela de muitas marcas – o couro foi o material da vez, sendo o grande diferencial de marcas que tentaram utilizá-lo de uma maneira inovadora.

Transparências e bordados deram as peças a sensualidade e a beleza que a profusão de preto e cinzas pareceu esconder debaixo de das formas amplas e dos volumes, que levarão para próxima estação uma silhueta mais ampla, um pouco distante da cintura marcada. Porém, o peplum, persiste e insiste – assim como nas passarelas internacionais – a povoar o desejo das mulheres e alguns criadores.

O inverno brasileiro, pelo menos o da principal semana de moda do Brasil, será escuro a maior parte do tempo (preto, cinzas, marrons), mas também terá muito vermelho, laranja e azuis, além da pureza do branco e do off-white, o que não nos leva muito além de onde estamos agora.

Uma versão desse artigo foi publicada no suplemento Sala VIP, de O Jornal, em 04 de novembro de 2012.

QUANDO A CRÍTICA DE MODA RESISTE [SPFW INVERNO 2013]

01/11/2012

A consultora e jornalista de moda Glória Kalil fez, na última segunda-feira (29), uma resenha de tom irônico sobre a apresentação da marca FH, do estilista Fause Haten, na edição do inverno 2013 da São Paulo Fashion Week (SPFW), o que parece ter deixado Haten um pouco irritado, com a insinuação de que o designer deveria fazer um “musical”, com suas roupas e seu hábito de cantar ao vivo durante os desfiles.

“Já que estamos numa edição compacta onde a palavra “síntese” tem sido muito pronunciada, acho que Fause Haten poderia tentar juntar suas duas paixões – moda e música – num só espetáculo e fazer um… musical! O palco cheio de luzes seria o cenário ideal para os figurinos que mostrou na passarela e também o melhor lugar para ele mostrar seus dotes de compositor e cantor”, escreveu Kalil em seu site, o Chic (http://chic.ig.com.br/moda/noticia/fh-inverno-2013).

Aparentemente indignado com a análise de Kalil, o estilista publicou na noite desta quarta-feira (31), em sua página na rede social Facebook, uma nota em que pede que Glória – que um dia foi empresária de moda – respeite seu trabalho e suas clientes. Haten lembrou a consultora/jornalista que, como empresário, ele gera empregos no país e ressaltou que da FH dependem muitas famílias.

“Como empresária um dia você teve que encerrar suas atividades e se reinventou como jornalista. Conseguiu convencer a muitas pessoas que poderia dizer o que era certo e errado sobre moda e bom gosto. Mas afinal o que é bom gosto nos dias de hoje?”, alfinetou Haten na nota que pode ser lida na íntegra aqui.

Kalil não se pronunciou ainda sobre o fato e, provavelmente, não o fará, mas o caso lembra outras acontecimentos semelhantes, envolvendo críticos de moda que parecem não se agradar do trabalho de certos estilistas, em determinadas temporadas.

Algo semelhante aconteceu entre a americana Cathy Horyn, crítica de moda do The New York Times, e o italiano Giorgio Armani, que a baniu de seus desfiles por um tempo, após não ficar feliz com as palavras de Horyn sobre sua coleção. Em âmbito mais comercial, a Balenciaga teria deixado de fora de seu desfile a ex-editora chefe da Vogue francesa, Carine Roitfeld, por não colocar peças da grife nos editoriais da revista, o que desagradava bastante a marca francesa.

Este tipo de atitude é lamentável no mundo da moda, principalmente, quando se coloca em questão a competência ou trabalho de profissionais que têm um longo histórico de sucesso, como é o caso de Kalil e Haten.

Lembro que o filósofo Lars Svendsen, escreveu no apêndice sobre crítica de moda em seu livro Moda: uma filosofia, que se a moda quer ser levada a sério dentro com campo das artes visuais, ou em outro setor, ele precisa de crítica, que aponte as falhas e instigue a melhora, o que ao meu ver, parece ter sido a intenção de Kalil ao escrever em seu site – único brasileiro que ainda se conserva na posição de s desacordo a algumas coleções.

O problema é que ainda encontramos criadores – que assim se intitulam – que não querem ouvir uma avaliação honesta sobre sua obra, assim também, como encontramos aqueles que avaliam sem levar em conta precedentes como solidez e retorno comercial, coisas que de fato definem e mantém a indústria da moda.

Todos precisam aprender, nesta mundo ainda jovem, que é a moda no Brasil, qual é seu lugar e jogar como as regras já foram ditadas. Fazer crítica de moda é preciso, com simpatizantes ou não. Isso garante a perpetuação de um lado dentro do jornalismo de moda que o conduz para longe da frivolidade e da incitação ao consumo, por exigir o mínimo de ponderação sobre a validade daquilo que se vê e que está se propondo a vestir.

Respondendo a pergunta de Haten – que parece historicamente um tanto ingênua -, bom gosto é, como sempre foi, a vontade da maioria ou da classe dominante, que hoje se confunde entre C e A, na nossa realidade econômica flutuante.